História
Mapa é uma abreviação de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial. O Mapa é um dos mais importantes exames complementares cardiológicos.

Sua introdução na prática médica veio solucionar grandes problemas da cardiologia. Uma porcentagem razoável de indivíduos apresenta elevações da PA apenas em ambientes médicos (consultório e hospital) o que pode levar a um falso diagnóstico de hipertensão arterial (hipertensão do jaleco branco). A capacidade do método de aferir a PA de maneira confiável, contínua e em condições cotidianas contribui sobremaneira para o diagnóstico e avaliação da hipertensão arterial.

O Exame
Um manguito semelhante aos aparelhos de pressão convencionais, é colocado em dos braços do paciente. Ele estará conectado por pequenos tubos de borracha até a um aparelho preso por um cinto à cintura do paciente. Este é pequeno e leve e é responsável pelas insuflações automáticas do manguito que ocorrerão durante o período de 24 hs que realiza o exame. As insuflações ocorrem aproximadamente a cada 20 minutos durante o dia e a cada 30 minutos á noite.

A pressão aferida é armazenada no equipamento posteriormente lida pelo computador. O paciente recebe um diário onde anotará todas suas atividades diárias além dos principais sintomas que eventualmente ocorram.

Todas informações registradas serão impressas com a hora do dia correspondente, podendo-se comparar a todo momento qual o valor da PA e FC.

A pressão arterial não tem um valor estanque e fixo para as pessoas, mas sofrem variações conforme horário do dia, atividade física, emoção, etc. Há muitos anos se conhece este conceito de variabilidade que foram pela primeira vez descritos por Hill em 1989.

Nos primeiros anos de 1900 Korotkof descreveu os sons da pressão arterial e Riva-Rocci os associou ao método de aferir a pressão arterial (manguito e manômetro), hoje amplamente utilizado.

Foi na década de 60 que se iniciou as aplicações da monitorização da pressão de modo contínuo e não restrita a casualidade do consultório. Maurice Sokolove e Allen Hinman foram os primeiros a desenvolver equipamentos para esta finalidade. Mas foi só por volta de 1970 que foram projetados e produzidos aparelhos portáteis e automáticos com capacidade de aferir pressão arterial de maneira confiável.

Nesta ocasião começaram a surgir estudos mostrando que a pressão arterial do consultório era normalmente mais elevada que as pressões aferidas em condições mais rotineiras e que estas se relacionam melhor com o prognóstico da hipertensão quando presente.

Com o passar do tempo o desenvolvimento tecnológico permitiu o desenvolvimento de equipamentos leves e de grande acurácia possibilitando a aferição por métodos auscultatórios ou oscilométricos. Hoje existe uma variedade razoável de marcas de aparelhos de MAPA no mercado, confiáveis e precisos.

Dicas
• quando o aparelho inicia a insuflação do manguito procure permanecer com o braço estático e em repouso;
• procure manter suas atividades costumeiras. Não mude sua rotina por causa do exame;
• não se esqueça de anotar qualquer sintoma ou mudança de atividade no diário (por exemplo: “caminhando à padaria”, ”assistindo TV”, etc);
• tome suas medicações conforme orientação médica e anote no diário o horário de cada uma;
• se o aparelho falhar ou parar de realizar as medidas entre em contato com a clínica;
• Cuide para que a mangueira de borracha do aparelho não se dobre, o que pode interferir nas medidas.
• Não molhe o aparelho.